| 01/02/2009 16h26min
O Fórum Econômico Mundial terminou neste domingo em Davos na Suíça, com os líderes empresariais e de governos pedindo uma ação rápida e coordenada dos países para enfrentar a mais séria recessão global desde 1930.
Os participantes do encontro temem os efeitos sociais da crise, principalmente uma instabilidade política maior nos países, ressurgimento do protecionismo comercial e um revés nas iniciativas em favor da globalização.
— O tempo das palavras está terminado. Este é um tempo para implementação e ação. Se voltarmos daqui a seis meses ou um ano e continuarmos falando as mesmas coisas, nós teremos falhado. A agitação social com que teremos de lidar será absolutamente dramática — disse a executiva Maria Ramos, da África do Sul, que foi uma das coordenadoras do Fórum Econômico neste ano.
As cinco principais recomendações foram o apoio aos governos e às instituições do G20 (grupo dos países mais ricos), medidas que levem em conta as mudanças
climáticas e os problemas de suprimento
de água, maior cooperação internacional contra a crise, valorização de questões éticas nos negócios e restauração da confiança em relação futuro da economia mundial.
Os participantes criticaram algumas decisões que, segundo eles, podem estimular o protecionismo e o fechamento de mercados a produtos e serviços estrangeiros.
— Se formos dar uma resposta global à crise, temos de dar a todos os países a capacidade de aumentar seus gastos fiscais — ponderou Ricardo Hausmann, diretor do Centro para o Desenvolvimento Internacional, da John F. Kennedy School of Government, da Universidade de e Harvard.
As projeções para a economia mundial 2009 são pessimistas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera um crescimento econômico de apenas 0,5% no mundo, o valor mais baixo desde 1945. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) diz que 50 milhões de trabalhadores podem perder seus empregos neste ano, no caso de agravamento dos problemas.
Os participantes do encontro temem os efeitos sociais da crise, principalmente uma instabilidade política maior nos países
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Alessandro Bella Bella, EFE