Uma missão para resgatar quatro reféns das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farc) que devem ser libertados neste domingo partiu da cidade colombiana de Florença em helicópteros brasileiros, após um atraso de mais de uma hora pelas más condições meteorológicas.

Os helicópteros decolaram de Florença, capital do departamento de Caquetá, às 08h15min no horário local (11h15min de Brasília) com a senadora colombiana Piedad Córdoba, três delegados da Cruz Vermelha, três testemunhas e cinco tripulantes.

Apesar do atraso, o porta-voz da Cruz Vermelha na Colômbia, Yves Heller, afirmou que a operação obedece ao acordo estipulado no cronograma e torce para que as condições meteorológicas não piorem na região.

Para garantir o sucesso das operações, o Exército da Colômbia paralisou as operações por 36 horas em uma ampla área do sul do país, uma decisão que compromete 17 mil militares que patrulham os departamentos do Caquetá, Putumayo e Amazonas.

Ivan Cepeda e Gloria Quartas, da ONG Colombianos pela Paz, confirmaram neste domingo os nomes do soldado e os três policiais que devem ser libertados pelas Farc. São eles o soldado do Exército William Giovanny Domínguez Castro, sequestrado em 20 de janeiro de 2007, e os policiais Walter José Lozano Guarnizo, Alexis Torres Zapata e Juan Fernando Galicio Uribe, membros da unidade contra sequestros que foram capturados em 9 de junho de 2007. 

A missão deverá resgatar os reféns em uma região do departamento de Caquetá e levá-los até a cidade de Villavicencio por volta das 12h30min no horário local (15h30min em Brasília).

As Farc anunciaram em dezembro que libertariam o ex-governador de Meta Alan Jara (sequestrado em 2001) e o ex-deputado de Valle del Cauca Sigifredo López (em cativeiro desde 2002), assim como três policiais e um militar. Jará deve ser solto na segunda, e López, na quarta.