| 22/01/2009 17h31min
Um grupo de trabalho formado por representantes do governo, empregados e patrões vai analisar os dados para saber se empresas que receberam recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) demitiram trabalhadores. Nos casos que forem confirmadas as demissões, os empregadores serão punidos. As sanções preveem o aumento dos juros e a antecipação do pagamento dos empréstimos.
Apesar do agravamento da crise, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse não entender o motivo de tantas dispensas no fim de 2008.
– Não é possível que em um único mês, todo mundo tenha quebrado. Desemprego é que quebra a economia.
De acordo com Carlos Lupi, alguns setores demitiram sem necessidade. Como o de alimentos, que teve um acréscimo de 5% nas vendas no mês de dezembro.
– A indústria de alimentos continua tendo um grande crescimento de compras. As pessoas continuam comprando. Nós vamos ter a partir de 1º de fevereiro aumento real do salário mínimo, que vai para R$ 465,00. Isso significa mais brasileiros com recursos para comprar. É claro que o estoque estava alto, mas em dezembro se vendeu muito mais. É precipitado demitir agora porque os estoques vão baixar e os empregadores vão ter duas despesas. Uma para demitir e outra porque daqui a pouco vão ter que contratar de novo.
Agronegócio demitiu dentro dos índices
Segundo o ministro, o agronegócio demitiu dentro dos índices habituais previstos para o fim do ano por causa da sazonalidade da safra. O saldo de geração de empregos na área rural foi de 15 mil vagas, o que equivale a 1% dos 1,5 milhão de empregos gerados em 2008.
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