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 | 17/01/2009 05h43min

Nando Gross: A tragédia xavante

Foi uma sexta-feira terrível. A tragédia com o ônibus do Brasil, de Pelotas, paralisou a sociedade gaúcha. Não se fala em outra coisa, as pessoas custam a acreditar no que aconteceu. Três mortos, vários feridos e a perda de Claudio Milar. Uma estupidez. Milar era idolatrado pela torcida xavante, são mais de cem gols com a camisa do Brasil e uma cumplicidade total com a cidade de Pelotas. Difícil aceitar a sua morte.

Evidente que todos querem saber as causas do acidente, mas não há dúvida de que a velocidade do ônibus era incompatível com as exigências da curva. Ouço desde que nasci que nossas estradas não são boas, todos sabem disso, duvido que exista um só brasileiro que ache que trafegamos em lindas e seguras estradas. Todos sabem das más condições de quase tudo que é de responsabilidade do poder público neste país. Logo, má sinalização ou falta de iluminação na pista só devem aumentar a atenção dos motoristas e, consequentemente, fazer com que todos diminuam a velocidade. Os números de acidentes com ônibus nas rodovias brasileiras são assustadores, e a única solução é baixar a velocidade, tirar o pé do acelerador, isto que realmente poderá fazer diferença.

O time xavante não pode ficar fora do Gauchão, seriam vários jogadores e funcionários desempregados e o clube sem receita. Esperar até maio para jogar a Série C seria desastroso, prolongaria o sentimento de dor que já é duro de suportar. O Brasil precisa seguir a sua vida, como todos nós quando perdemos parentes queridos e muito próximos. A vida do Brasil é o futebol, isto é que motiva a sua legião de apaixonados torcedores. Todos devem ajudar neste momento para que o clube retome o mais rápido possível as suas atividades. É preciso seguir em frente.

Impressionante o tamanho da repercussão em Porto Alegre. Todos querem ajudar o Brasil. Os torcedores da dupla Gre-Nal exigem o engajamento de seus clubes para viabilizar a participação xavante no Gauchão. É um clube que tem um carisma fora do comum.

Viagens assim são comuns no Gauchão com delegações de clubes, torcedores e até profissionais de imprensa, que enfrentam a madrugada para retornar as suas cidades. Muitas distâncias exigiriam a permanência durante a noite toda no local ou a troca de motorista, mas isto não é feito, colocando muita gente em risco.

Particularmente não gosto da noite para viajar, prefiro a luz do dia, especialmente se a estrada não for bastante conhecida. Mas isto é muito pessoal, tenho vários amigos que adoram viajar à noite pelo movimento ser menor.

O Gauchão começa triste, com a marca da tragédia, do luto, da tristeza generalizada. Foi uma sexta-feira que passou lentamente, com um embrulho no estômago e uma expressão de perplexidade. Mas, a partir de hoje, é preciso trabalhar para que o Brasil volte a sua vida normal.

ZERO HORA

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