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 | 14/01/2009 09h57min

Microcrédito ignora crise e prevê crescimento de 40% este ano

O Banco do Nordeste desembolsou no ano passado mais de R$ 1 bilhão em créditos

O volume de empréstimo concedido na modalidade de microcrédito cresceu em todos os meses de 2008, apesar da crise financeira internacional. O banco que detém a maior fatia do mercado começa o ano com a expectativa de crescer 40%.

O microcrédito é uma modalidade de empréstimo concedida para pequenos empreendedores — mesmo que trabalhem na informalidade. O crédito é sempre de valores baixos, contratado em grupos e as pessoas são uma avalista da outra.

A dona de um mercadinho no bairro de Serrinha, em Fortaleza, Maria de Fátima Rodrigues, pegou R$ 1 mil emprestados no Banco do Nordeste em novembro, quando os jornais noticiavam as perdas milionárias de investidores pelo mundo.

— Aqui não mudou nada. Só tem crise para quem tem dinheiro, muito dinheiro. Para nós, que vivemos o dia comprando e pagando, não existe crise — garante Fátima, que planeja entrar em uma dívida maior para reformar a laje do estabelecimento.

O Banco do Nordeste (BNB), que detém a maior participação no mercado do microcrédito do país, fechou 2008 com o maior crescimento do programa. Foram mais de 30% de aumento em comparação ao ano anterior. A instituição desembolsou no ano passado mais de R$ 1 bilhão (R$ 1.079.146.606,88) em créditos. Não houve queda no volume de dinheiro emprestado nos meses em que a crise financeira internacional piorou.

— Estamos trabalhando com a meta de crescer 40% em 2009. Para o setor informal, não trabalhamos com cenário de crise — diz o superintendente de microfinanças do BNB, Stélio Gama Lyra Júnior.

Ele descarta ainda a possibilidade de que a restrição de crédito nos bancos privados tenha impulsionado o número de concessões de crédito. Segundo ele, quem pega o microcrédito é um público diferente do empresário e cliente das instituições financeiras.

O professor de economia da Universidade Federal do Ceará, Márcio Correa, avalia que o microcrédito cresceu em 2008 porque tem uma demanda reprimida — pessoas pobres, de várias regiões do país, que precisam de recursos para abrir um negócio e não conseguem empréstimo nos bancos. Era um segmento antes dos agiotas.

— O microcrédito é um empréstimo dado ao indivíduo que está à margem do sistema formal, não tem renda e, na dificuldade, acessa esse tipo de crédito — explica Correa.

AGÊNCIA BRASIL

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