| 18/12/2008 16h33min
Em entrevista coletiva nesta quinta, dia 18, o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Rui Polidoro Pinto, afirmou que o setor está preocupado com os custos de produção em alta e os preços de commodities menores, o que sinaliza tendência de redução de renda ao produtor.
– O clima é de incerteza com a demanda de commodities e a falta de liquidez – avaliou o dirigente.
De acordo com Polidoro Pinto, caso isso se confirme a situação terá que ser minimizada por medidas de política agrícola por parte do governo, sob pena de o setor produtivo de grãos no Rio Grande do Sul entrar em crise novamente. Ele confirmou a parceria com cooperativas dos municípios gaúchos de Erechim, Getúlio Vargas, Marau, Palmeiras e Santiago a fim de auxiliar no pagamento de produtores e na tentativa de manter o patrimônio no sistema. Também acrescentou que se as parcerias evoluírem podem se transformar em fusões.
Aos produtores, o conselho do presidente da Fecoagro é administrar custos equilibrando-os com o preço de venda, objetivando uma margem de lucro, de preferência, superior a 30%.
– Na atual conjuntura, a tendência é de margens apertadas de rentabilidade, com a diminuição de utilização de insumos e a redução de tecnologia diante dos altos preços de fertilizantes – explicou.
As culturas de milho e trigo são as que mais preocupam o produtor gaúcho neste
momento. A rentabilidade está tão baixa que, se ficar em patamares menores que
os praticados durante o ano resultará em renda negativa para os agricultores. Os insumos que mais sofreram alta em 2008 foram os fertilizantes e dissecantes.