| 20/12/2008 11h10min
O ano de 2008 foi o décimo mais quente desde meados do século 19, quando começaram a ser feitos os registros, e em diferentes partes do mundo houve fenômenos meteorológicos extremos, o que confirma a tendência de aquecimento do planeta. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) fez a revelação em seu relatório anual divulgado nesta semana.
O estudo aponta a variabilidade dos fenômenos observados: temperaturas mais altas que o normal em partes da Europa, o inverno menos frio registrado em áreas da Escandinávia e frio extremo – em alguns casos até bater recordes históricos – na América do Sul, principalmente na Argentina.
Como contraste, as temperaturas médias em julho foram superiores em 3 graus Celsius em grande parte de Argentina, Paraguai, Uruguai, sudeste da Bolívia e sul do Brasil, acrescenta o estudo.
Na Austrália, em março foi registrado o calor mais intenso da história, com uma máxima superior a 35ºC durante 15 dias seguidos.
A seca foi um fenômeno persistente em vários lugares ao longo de 2008, entre eles Portugal e Espanha, na Europa, e Argentina, Paraguai e Uruguai, na América do Sul, com efeitos muito graves sobre a agricultura destes três últimos países.
O secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, ressaltou que, como parte das variações sofridas pelo clima, 2008 foi um ano mais frio em relação à média da década de 1997-2007, embora tenha sido o décimo mais quente da história meteorológica.
O ligeiro esfriamento deste ano em comparação com os anteriores foi provocado pelo fenômeno La Niña, explicou. O especialista acrescentou que as previsões para o primeiro trimestre de 2009 não mostram qualquer indicação de que o fenômeno ou o El Niño vão ocorrer, mas esclareceu que as condições podem mudar no decorrer do ano.
AGÊNCIA EFE