| 15/12/2008 17h10min
O presidente do Conselho de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), Gilman Viana Rodrigues, entregará nesta terça, dia 16, ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a pauta de reivindicações fechada na reunião do grupo, na última sexta, dia 12, em Natal (RN), quando foram discutidos os efeitos na crise mundial no agronegócio brasileiro.
De acordo com Gilman Viana, secretário de Minas Gerais, as reivindicações são para ações de curto prazo. Uma delas é a criação de um programa federal de subsídio para a compra de fertilizantes, seguindo um modelo já adotado na China e na Índia. De acordo com ele, a maior parte desse tipo de insumo agrícola utilizada pelos dois países tem a compra subsidiada pelo governo. A demanda brasileira por nutrientes é de aproximadamente 10 milhões de toneladas a cada ano.
– O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes no mundo, mas importa 74% do que necessita – lembrou Viana.
Outra reivindicação do Conseagri é a execução da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). O programa existe, mas nem sempre é aplicado. Além disso, o valor estipulado pelo governo federal para o preço a ser pago ao produtor fica, muitas vezes, abaixo do custo de produção, explicou Viana. Segundo ele, além da execução da PGPM é preciso rever os valores usados como base pelo governo.
– Ao colher a produção, o agricultor precisar ter uma garantia do valor da venda.
Os secretários estaduais de Agricultura também reivindicam a adoção, pelo governo federal, de Contratos de Opção de Compra para todos os produtos incluídos na PGPM. Ao anunciar a compra de produtos agrícolas, o governo garante uma renda mínima para o produtor. Os contratos estimulam o mercado a pagar melhor pelos produtos agrícolas. Na opinião de Gilman Viana, as previsões para 2009 são “sombrias” e “ninguém sabe ainda por quanto será vendida a próxima safra”.
AGÊNCIA SAFRAS