| 04/11/2008 20h
A produção local de biocombustíveis pode ajudar no desenvolvimento de regiões do país onde a logística e as distâncias tornam os produtos à base de petróleo mais caros. Este é o tema central de um seminário que começou nesta terça, dia 4, em Porto Alegre (RS).
O Sudeste domina a produção de etanol no Brasil. A soja de Mato Grosso e Goiás foi matéria-prima para metade dos 660 milhões de litros de biodiesel fabricados este ano no país. Hoje a produção de combustíveis de origem vegetal é concentrada em alguns Estados, mas pode se tornar alternativa econômica em todas as regiões.
O 2º Simpósio Estadual de Agroenergia, realizado na Capital gaúcha, apresenta técnicas que podem ajudar na expansão do setor no Rio Grande do Sul. Entidades como a Embrapa querem estimular a produção no Sul, mas também no Norte brasileiro.
– Nessas regiões a Embrapa e seus parceiros estão estudando o biodiesel a partir do processamento de palmáceas – contou o chefe de pesquisa da Embrapa Agroenergia, Esdras Sundfeld.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, vai participar do simpósio na quinta, dia 6, e deve anunciar o zoneamento agroclimático para a produção de cana-de-açúcar no país. O documento vai dar incentivos para o plantio em determinadas regiões e proibir em áreas como a Amazônia e o Pantanal.
– Do ponto de vista técnico e econômico, isso dá mais seguranças para o empresário rural, de saber que naquela condição e naquele local ele terá boas condições de sucesso na cana. Do ponto de vista geopolítico e ambiental, o Brasil dá uma mensagem claríssima ao mundo de que nós não vamos produzir etanol na Amazônia, não vamos produzir cana derrubando uma única árvore – disse o pesquisador da Embrapa Decio Gazzoni.
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