| 29/09/2008 17h57min
O mercado financeiro brasileiro sofrerá a influência de uma crise da economia global, que será conseqüência da rejeição do pacote de socorro ao mercado financeiro americano pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. A avaliação foi feita nesta segunda, dia 29, pelo presidente do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro (Corecon/RJ), João Paulo de Almeida Magalhães.
Ele disse que uma das conseqüências do efeito cascata é que a China vai crescer menos do que o previsto e, portanto, vai demandar menos commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no exterior) do Brasil.
Com isso, os preços, que já mostravam uma tendência declinante, vão cair ainda mais. Para Magalhães, nesse cenário, é possível que a balança comercial brasileira tenha redução em 2009.
Segundo ele, as repercussões diretas da crise americana sobre o sistema financeiro nacional serão sentidas, de forma especial, no setor imobiliário. O economista destacou, contudo, que não haverá nas empresas do setor imobiliário nada que configure uma crise da dimensão da crise americana.
– Nós vamos ter sobras da crise dos Estados Unidos. E, a meu ver, através de um impacto na economia geral, nas quedas de commodities, mais dificuldades de exportações. Isso vai repercutir no Brasil – concluiu.
AGÊNCIA BRASIL