| 26/09/2008 09h40min
O Banco da Inglaterra anunciou nesta sexta, dia 26, em coordenação com o Banco Central Europeu (BCE), o Federal Reserve (Fed, banco central americano) e o Banco Nacional da Suíça, a injeção de nova liquidez para enfrentar as pressões globais nos mercados de capitais.
A autoridade monetária britânica informou em comunicado que aumentará suas operações de empréstimo de dólares assegurado por colaterais aceitos tanto pelo Banco da Inglaterra quanto pelo Departamento de Tesouro dos Estados Unidos. Os quatro bancos centrais dão seqüência, assim, às linhas de swap, acordos recíprocos de empréstimo temporário de moedas.
Deste modo, o Banco da Inglaterra emprestará hoje um total de US$ 30 bilhões com vencimento de uma semana. Além disso, anunciou que o valor de seus empréstimos noturnos aos bancos será hoje de US$ 10 bilhões.
Por outro lado, o Banco da Inglaterra ampliará a quantia de suas operações de empréstimo a longo prazo asseguradas por colaterais (incluindo ativos hipotecários), que passarão a ter uma freqüência semanal.
A primeira destas operações, que acontecerá no dia 29, suporá o leilão de 40 bilhões de libras (50,389 bilhões de euros), cujo empréstimo vencerá em 15 de janeiro de 2009.
O Banco da Inglaterra disse que, de acordo com seu objetivo de aproximar os juros noturnos aos quais os bancos fazem empréstimos uns aos outros à taxa oficial de câmbio, compensará as reservas adicionais que as entidades obtêm através dos empréstimos a longo prazo com o resto de suas operações.
Isso incluiria, se necessário, ações vinculadas a estas reservas adicionais. Deste modo, não descarta reduzir a liquidez existente no curto prazo, já que considera que sua quantia é suficiente.
Apesar de, nas últimas semanas, os temores do Banco da Inglaterra serem de que a taxa noturna fosse muito superior aos juros oficiais, agora o risco é que aquela caia para menos dos 5% fixados pelo banco emissor.
O Banco da Inglaterra informou que os quatro bancos centrais continuam trabalhando de forma conjunta e que estão preparados para dar novos passos que façam frente às pressões sobre os mercados de capitais.
AGÊNCIA EFE