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 | 24/09/2008 09h10min

Turbulência global faz empresas gaúchas perderem 9,26% de valor de mercado

Desvalorização é resultado da busca de proteção dos investidores frente às recentes oscilações

Marta Sfredo  |  marta.sfredo@zerohora.com.br

Depois de mais uma queda acentuada da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ontem, de 3,78%, o impacto sobre as empresas gaúchas já resulta numa erosão de 9,26% no valor de mercado de 28 companhias de capital aberto. Acumulada em 11 dias de montanha-russa, desde o pânico instalado no início da segunda quinzena do mês, a desvalorização é resultado da busca de proteção dos investidores frente às recentes oscilações, analisam especialistas.

Para avaliar o efeito da instabilidade, foi tomado como base o valor das ações em 12 de setembro — último dia de relativa normalidade antes do furacão que se instalou nos mercados desde a contaminação de grandes bancos americanos pela crise de crédito. Os dados são da Associação dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais (Apimec-Sul).

— Quem está fugindo é o estrangeiro, que entrou em muitos lançamentos de ações e agora está com medo da volatilidade. Então aqui o índice acaba caindo mais do que nos Estados Unidos, centro da crise. Desta vez, não é o risco do Brasil que está pesando, nunca estivemos em situação tão tranqüila — interpreta Débora Morsch, presidente da Apimec-Sul.

Embora tenha registrado uma das maiores quedas no planeta, ontem, o Brasil não foi exceção. As bolsas européias também recuaram, assim como as asiáticas. Débora lembra que a intensidade da variação não tem relação com a qualidade dos negócios das empresas. Quase ao contrário: quanto maior e mais visível, mais facilidade para vender os papéis.

— Quando há nervosismo no mercado, perde-se a conexão com os fundamentos. A Gerdau, por exemplo, veio com excelente resultado, mas o papel caiu forte — diz Débora.

Desvalorização não afeta operações, diz analista

Números divulgados ontem pelo Banco Central apontam que US$ 2,68 bilhões deixaram a economia brasileira na semana passada. Presidente do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef), Walter Machado de Barros aponta falta de lógica. Mais do que não levar em conta os fundamentos do Brasil, que estão saudáveis, e os das companhias, que se desenvolveram muito nos últimos cinco anos, a fuga dos estrangeiros tem um elemento extra no chamado comportamento de manada, avalia:

— O capital estrangeiro está saindo para levar recursos a suas matrizes ou para comprar papéis do Tesouro americano. Infelizmente, é ainda mais irracional do que em crises passadas, porque o capital estrangeiro está saindo de mercado bem construído para se abrigar em outro totalmente deteriorado.

Débora destaca, ainda, que a desvalorização das ações não afeta as operações das empresas. Apenas compromete planos de quem pretendia captar recursos no mercado.


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