| 22/09/2008 03h27min
O mês farroupilha também é do Inter. Ontem, com o 1 a 0 sobre o Vitória, o time enfileirou três vitórias consecutivas pela primeira vez neste Brasileirão, chegou a 100% em setembro e retornou à sonhar com vaga na Libertadores.
Entra na semana do Gre-Nal com a terceira melhor campanha no segundo turno. Para seguir nesse embalo, decidiu usar força máxima na Copa Sul-Americana. Na quinta-feira, jogarão os titulares contra o Universidad Católica, em Santiago do Chile.
Talvez o grande exemplo da retomada seja a comemoração do gol de pênalti de Alex ontem. Todos os jogadores se abraçaram no centro do gramado. Faltava Clemer, e o grupo o esperou para mostrar a unidade vinda com as vitórias.
Na derrota de 1 a 0 para o Sport, em Recife, dia 31 de agosto, Índio discutiu com D’Alessandro após o argentino não marcar um adversário. Nilmar e Alex estavam atormentados pelas propostas do Exterior.
Remanescentes da equipe campeã do mundo em 2006,
Clemer e Edinho se desentenderam no vestiário.
Os homens do futebol se reuniram com comissão técnica e jogadores e exigiram a mudança.
A vitória sobre a Portuguesa, dia 6, no Beira-Rio, não convenceu. A torcida vaiou o time depois do jogo.
Mas era o início da metamorfose. Com a semana cheia para treinar, o preparador físico Fábio Mahseredjian equilibrou a condição atlética dos jogadores. No 2 a 1 sobre o Botafogo, no Rio, e ontem, o time não demonstrou sinais de cansaço em momento algum.
— Estamos evoluindo. O time está melhor ajustado técnica e taticamente, o que facilita o trabalho — analisou Mahseredjian.
Além do melhor condicionamento, o assessor de futebol Fernando Carvalho e o técnico Tite apontaram a repetição da equipe como outro fator para as três vitórias de setembro. Tanto que, apesar do bom momento no Brasileirão, a Copa Sul-Americana não será colocada em segundo plano.
— Vamos jogar com o nosso melhor time do momento, essa é a
decisão do clube — garantiu Carvalho.
A boa fase,
porém, ainda não mudou o tom dos discursos de comissão técnica e dirigentes. Mesmo com as insistentes perguntas em relação ao clássico de domingo, todos se limitara a abordar apenas o confronto com os chilenos. Tite foi o único que se permitiu a vislumbrar um futuro de sucesso.
— Eu sonho, sim. E vou dormir pensando na vaga à Libertadores — assegurou.
A promessa
No início do mês, o assessor de futebol Fernando Carvalho, em meio à crise no vestiário, garantiu que a situação estaria diferente até o dia 31:
— Em um mês, tudo estará diferente. Em termos de desempenho e resultados.
Sem paradinha, Alex se prepara para bater na bola e colocar fora do alcance de Viáfara antes de sair para comemoração que reuniu o time no centro do campo
Foto:
Jefferson Botega