| 03/09/2008 10h03min
A agrocapital Londrina (PR) tem um número recorde de candidatos a prefeito: nove concorrentes. A maioria dos quase 500 mil habitantes está habilitada a votar no dia 5 de outubro. Com tantos pretendentes, a batalha pelos votos é mais difícil. E, por essa razão, eles procuram concentrar as propostas nos principais problemas da cidade.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral apontam que 60% da população de Londrina são eleitores, e eles têm na ponta da língua a principal qualidade do próximo prefeito.
O município paranaense é de médio porte, mas enfrenta os desafios de uma cidade grande. Ao longo dos anos, o londrinense tanto viveu a época de ouro do café quanto foi manchete nacional ao cassar um prefeito. Os nove candidatos precisam garantir melhorias no campo e na área urbana.
O economista Luis Carlos Hauly foi prefeito de Cambé, município vizinho. Ele cumpre o quinto mandato como deputado federal e destaca suas prioridades para Londrina caso seja eleito.
– A prioridade é resolver o problema da segurança e da saúde. Também é preciso cuidar das ruas esburacadas, dos bueiros entupidos, dos fundos de vale abandonados e fazer com que a cidade toda recupere a sua condição de antes. Quero levar agroindústria para os distritos e resolver em definitivo o problema das estradas, para que nunca mais falte estrada boa – diz ele, que concorre a prefeito pelo PSDB com a coligação Londrina Forte e Digna.
O advogado Marcos Colli concorreu a vereador nas eleições de 2004. Tenta a prefeitura pela primeira vez e quer estimular as indústrias locais.
– O agronegócio e a agroindústria são nossa prioridade. Nós precisamos voltar a atenção para a agricultura porque Londrina tem potencial para isso e a agroindústria é o negócio mais rentável para a população – afirma Colli, candidato do PV.
Antonio Belinati foi vereador, deputado federal, três vezes prefeito e está no quinto mandato como deputado estadual. Ele quer administrar Londrina pela quarta vez e diz que o agronegócio também está entre suas prioridades.
– É necessário conservar bem as estradas rurais – adianta o candidato do PP pela coligação A Volta do Povo à Prefeitura.
Luis Eduardo Cheida é médico. Foi vereador, prefeito de Londrina e está no seu primeiro mandato como deputado estadual. Agora, quer voltar a ser o chefe do Executivo municipal. Ele diz que já fez bastante pelo campo e pretende fazer mais.
– Quero dar atenção ao campo como já dei, fui um prefeito que, insistentemente, readeqüei as estradas rurais, carreadores e fiz as festas dos distritos rurais que aí estão – lembra o candidato do PMDB.
O advogado Vilson Machado concorreu a vereador em três eleições e pela primeira vez é candidato à prefeitura de Londrina. De acordo com ele, se eleito, seu mandato dará atenção à agricultura familiar.
– Para o campo, independente da questão da quantidade de agricultura e da extensão da propriedade, é necessário trabalhar em cima da agricultura familiar, porque é ela que gera os alimentos que nós consumimos – argumenta Machado, que concorre pelo PSOL.
Marcelo Urbaneja é professor e estréia na política. Para ele, a adequação das estradas rurais é o problema mais sério do agronegócio local a resolver.
– Temos aí quase dois mil quilômetros de estradas e carreadores que ficaram abandonados nesses últimos oito anos – justifica o candidato a prefeito pelo PT do B.
O empresário Barbosa Neto foi deputado estadual e está em sua primeira legislatura como deputado federal. Ele aposta na melhoria do sistema viário do município.
– Londrina é uma cidade com uma vasta extensão rural e a distância da cidade com os distritos prejudica muito. Temos algumas obras já em mente, como os oito quilômetros que faltam para ligar o distrito de Paiquerê ao Guairacá – conta o pedetista que concorre pela coligação É Preciso Mudar Londrina.
O militar reformado Amadeu Felipe é outro estreante na política local. Ele propõe o fortalecimento da pequena, média e micro empresa e o fortalecimento do campo.
– Primeiro a construção de um cinturão verde ao redor de Londrina e em segundo lugar o fortalecimento do cooperativismo no campo – explica o candidato do PCB sobre sua plataforma eleitoral para o agronegócio.
André Vargas, do PT, foi vereador, deputado estadual e agora cumpre mandato na Câmara Federal. Ele propõe concretizar o projeto Arco Norte, de logística e integração rodoviária.
– Para o campo nosso projeto é continuar estimulando a produção local, cuidar das estradas rurais, cooperativas de pequenos e médios agricultores e desenvolver tecnologias para a formação de um pólo agroindustrial – conta Vargas, candidato da coligação Para Frente Londrina.
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