| 30/08/2008 07h20min
Um suíno cada vez mais competitivo em conversão alimentar, com maior velocidade no ganho de peso e alto percentual de carne magra na carcaça. Esse é o perfil animal que pesquisadores da Embrapa de Concórdia (SC) vêm buscando. Por meio de seleções e melhoramento genético, os técnicos tentam aprimorar a terceira geração do suíno light – a linhagem MS 115 —, lançada em março deste ano.
— A preferência dos frigoríficos é pelo abate de um suíno que tenha entre 110 e 120 quilos de peso vivo. Por isso, o nome MS 115. Se houver mudança no mercado, daremos um novo rumo ao trabalho — explica Nilson Woloszyn, assistente técnico da Embrapa.
Enquanto uma nova geração de suínos light não é apresentada, o produtor Ilanio Pedro Johner, 63 anos, comemora os resultados com o plantel de 150 animais criados em uma granja em Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari. Quando começou a comercializá-los, vendia 20 por mês. Passados quatro meses, já está negociando o dobro.
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Esses suínos são procurados,
principalmente, pela alta conversão alimentar. Chegam a consumir 20% a menos de ração, se comparados a um suíno de raça tradicional — observa Johner.
A rastreabilidade é outra preocupação do setor. Por isso, 90% das granjas brasileiras têm plantel de matrizes e reprodutores identificados com brincos. Por meio do número, o produtor anota em fichário todo o histórico do animal. Assim, registra informações como datas e detalhes do desmame, ganho de peso, partos, uso de medicamentos e doenças, detalha o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Luis Folador. Métodos mais modernos de controle, como a utilização de chips nos animais, ainda estão em fase de pesquisa no Brasil, um dos maiores exportadores de carne suína do mundo.