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 | 29/08/2008 17h55min

Conab publica tabelas com novos custos de produção

Valores são para culturas de verão, inverno, permanentes e seca e se baseiam nos preços de insumos, máquinas, implementos e serviços do mês passado

Os fertilizantes vão continuar pesando no bolso do produtor na próxima safra. Porém, apesar do aumento, a expectativa é de que a queda nos preços internacionais das commodities ajudem a reduzir também o que o agricultor gasta para produzir.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta sexta, dia 29, tabelas com os novos valores dos custos de produção para as culturas de verão, inverno, permanentes e seca, com base no último levantamento de preços dos insumos, máquinas, implementos e serviços, realizado no mês passado. A atualização é feita a cada dois meses.

Para o gerente da área, Asdrúbal Jacobina, a pesquisa confirma um cenário já conhecido.

– Os produtores estão sofrendo as conseqüências dos preços dos insumos, principalmente dos fertilizantes. Esse levantamento é importante para subsidiar o agricultor e os órgãos governamentais sobre as necessidades a serem atendidas pelas políticas agrícolas – analisa.

A pesquisa da Conab, feita nos principais Estados produtores do país, mostra ainda que o aumento dos fertilizantes vai ter mais impacto para a agricultura empresarial. De julho de 2007 a julho de 2008, o preço desses insumos chegou a registrar aumento de até 86%.

É o caso do arroz irrigado, principal cultura atingida pelo aumento. O produtor de arroz de Mato Grosso vai desembolsar com fertilizantes 42,44% do custo. Já no Rio Grande do Sul, esse insumo deve representar até 21% do que é gasto para produzir.

Para os produtores de milho o aumento foi de 79,5%. A participação dos fertilizantes no custo das lavouras do cereal varia de 39% a 45%. O terceiro maior impacto dos fertilizantes será na produção de soja, com um aumento de 62,6%. Para o grão convencional, os fertilizantes chegam a representar 46,5% do custo total.

Já na soja transgênica, esse percentual pode chegar a até 35,53%. Os dados da pesquisa da Conab servem de base para políticas de estímulo a produção, como o programa de garantia de preços mínimos.

O gasto com máquinas agrícolas, como tratores e colheitadeiras, deve se manter estável. No último ano foi registrado aumento de 4,2%, que, segundo a Conab, não impacta no bolso do produtor. O mesmo acontece com os agrotóxicos, que tiveram queda de 3,5%.

O levantamento dos custos de produção é uma das fontes usadas para calcular lucros ou prejuízos na produção agropecuária. Além dos indicativos de preços, o trabalho traça um panorama sobre os custos de mão-de-obra, uso de colheitadeiras e impostos.

CONAB

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