| 15/08/2008 14h33min
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, disse nesta sexta, dia 15, que espera volta das exportações de carne industrializada do Brasil para os Estados Unidos já na primeira semana de setembro. É para quando está previsto o término da auditoria dos técnicos americanos sobre frigoríficos brasileiros.
As vendas do produto industrializado do Brasil para os Estados Unidos estão interrompidas desde quando autoridades americanas suspenderam as habilitações de dois frigoríficos brasileiros. Como medida preventiva, a indústria decidiu pela suspensão, o que foi confirmado pelo Ministério, que deixou de emitir certificações.
Como houve divergências nos critérios de avaliação dos dois países, o secretário Inácio Kroetz foi até Washington, capital americana, onde conversou com autoridades e ficou definido um cronograma de ações, que inclui auditorias em plantas produtivas e capacitação de técnicos brasileiros.
– Esperamos que na reunião final tenhamos uma informação precisa. Seria na primeira semana de setembro – disse ele, em entrevista ao Mercado e Companhia.
Suíça
Inácio Kroetz comentou também a recente suspensão das importações de tripa do Brasil pela Suíça, por problemas sanitários. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, é “um contencioso técnico” para o qual ainda não houve solução.
– A Suíça não é da União Européia, mas segue as orientações para a tripa. Então o Brasil não pode certificar tripa para aquele mercado.
União Européia
Kroetz informou também que os contatos com a União Européia para as exportações de carne tiveram “um incremento” nos últimos meses. Ele lembrou do reconhecimento do status sanitário de livre de febre aftosa obtido pelos Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
– São Paulo e Paraná já estão incluídos entre os habilitados para a União Européia e esperamos que nos próximos 30 dias, o Mato Grosso do Sul esteja também.
Com os reconhecimentos, explicou o secretário de Defesa Agropecuária, pode ser ampliado o número de propriedades rurais que podem ser habilitadas a exportar para o mercado europeu depois de passar por auditorias. Segundo Inácio Kroetz, o Brasil tem pouco mais de 140 fazendas credenciadas para negociar com a União Européia.
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