O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, confirmou no início da noite desta sexta, dia 1º, a suspensão das exportações de carne bovina industrializada para os Estados Unidos. Kroetz cumpre agenda oficial no país.

O Ministério divulgou em seu site que nas próximas três semanas irá realizar novas auditorias nas frigoríficos habilitados a exportar carne bovina industrializada para os EUA. A decisão é resultado de encontro realizado em Washington nesta sexta-feira em que reuniram-se representantes da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e o Food Safety and Inspection Service (FSIS) do Departamento de Agricultura (USDA) americano que tratou da certificação da carne bovina exportada para aquele país.

Durante a reunião ficou acertado um cronograma de ações corretivas de aplicação imediata, que inclui o treinamento e reciclagem de técnicos do Serviço de Inspeção Federal (SIF), das empresas (plantas frigoríficas), além das auditorias com equipes especialmente capacitadas neste programa.

Conforme o secretário Inácio Kroetz, o relatório destas ações será enviado pelo governo brasileiro ao FSIS, que após análise do documento irá agendar uma missão para realização de nova inspeção amostral, que deverá ocorrer antes do final do mês de agosto.

Até que estas ações sejam efetivamente implementadas, preventivamente, o Mapa não emitirá o Certificado Sanitário Internacional para a carne bovina processada destinada ao mercado americano. Em recente missão do FSIS ao Brasil, foram constatadas não conformidades de plantas frigoríficas de carne bovina processada. O relatório completo desta missão foi avaliado nesta sexta entre as autoridades dos dois países.

Em entrevista à última edição do programa Mercado e Companhia desta sexta, o diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Luis Carlos de Oliveira, confirmou que todos os frigoríficos brasileiros que vendem carne bovina industrializada para os EUA tiveram as exportações suspensas. O dirigente afirmou ainda que assim que houver acordo com as autoridades sanitárias norte-americanas, a comercialização será automaticamente retomada.