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 | 06/08/2008 11h43min

Consultora adverte que o Brasil vai reduzir exportações de algodão a partir de 2009

Cenário negativo do setor influi nas projeções, que apontam menores produção e área

O Brasil vai reduzir exportações de algodão a partir do ano que vem, alertou a consultora Maria de Lourdes Yamaguti. A queda na cotação do dólar, custos altos e divergências entre compradores e vendedores podem inviabilizar o cumprimento de contratos para este ano.

Segundo dados da Cottonlux, a previsão para este ano era exportar cerca de 600 mil toneladas, mas apenas 450 mil devem ser entregues. Quem firmou contratos em dólar em 2006 observou uma queda de 36% no preço, por causa da valorização. Em compensação, os custos da lavoura de algodão subiram 80%.

– Foi uma alta inesperada que vem acarretando uma perda até muito maior do que a desvalorização do dólar – analisou Maria de Lourdes Yamaguti em entrevista ao Agribusiness Online, nesta quarta, dia 6.

Outro fator agravante, segundo ela, é a qualidade da fibra. Maria de Lourdes explicou que há diferença em comparação com o que foi acordado entre compradores e vendedores, o que pode ser ainda mais prejudicial para o cumprimento dos contratos.

Safra menor

O cenário negativo e o pessimismo dos produtores devem refletir nos números da próxima safra. Projeções de consultorias especializadas apontam para queda no volume e na área plantada para a safra 2008/2009.

De acordo com a Agência Safras e Mercado, a queda na produção deve ser de 8,9%, passando de 1,1 milhão de toneladas para 1 milhão. A área plantada deve cair nos principais Estados produtores.

No Paraná, a queda deve ser de 20%. Em Mato Grosso, principal produtor, a diminuição de cultivo deve ser de 12,6%, passando de 543,5 mil hectares para 475 mil. No segundo maior produtor de algodão do Brasil, a Bahia, a redução deve ser bem menor, de apenas 1,9%.

As projeções da Agriconsult seguem na mesma linha. A área plantada deve cair de 1,11 milhão de hectares para 927 mil. A produção deve ser reduzida de 1,61 milhão para 1,39 milhão de toneladas. Por outro lado, a produtividade deve subir de 94,2 para 97,3 arrobas por hectare.

Maria de Lourdes Yamaguti acredita que o fracasso nas tentativas de destravar a Rodada de Doha para liberalização do comércio internacional também contribui para o pessimismo. Mesmo com a recente vitória obtida pelo Brasil contra os subsídios dos Estados Unidos para a cultura.

– Não se conhece o tamanho do estrago, uma vez que os Estados Unidos, apesar de todos estarem dizendo que a economia está fraca, mais ainda assusta o mundo em termos financeiros. Não há estudo feito de quanto seria o estrago no caso do subsídio.

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