Os mecanismos de integração regional devem ser fortalecidos e é preciso prosseguir no caminho da unidade. É a tese que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende levar à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em viagem ao país, a partir deste domingo. Foi o que informou o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach.

Com o fracasso das negociações da Rodada de Doha realizadas em Genebram na Suíça, o presidente Lula volta os olhares para o fortalecimento do Mercosul. Será o primeiro encontro com Cristina Kirchner depois que representantes dos dois governos apresentaram posições discordantes na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Segundo o porta-voz , as divergências que existiram são naturais e se deveram a circunstâncias que não interferem no processo de integração. Ele destacou que não existe uma política comercial única no Mercosul e que a idéia que se deve prosseguir na integração está acima de todas as diferenças.

O fracasso das negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) será certamente um dos assuntos a serem discutidos por Lula e Cristina, mas não será o "objetivo principal" da visita. A visita do presidente à Argentina, informou Baumbach vai enfatizar a necessidade de fortalecimento da cooperação empresarial entre os dois países.

Lula chegará a Buenos Aires na noite de domingo e no mesmo dia participará de um jantar com Cristina e seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, na sede da Embaixada brasileira. Na segunda-feira, participará de um encontro empresarial, terá uma reunião com Cristina na Casa Rosada e, antes de retornar ao Brasil, irá à abertura de uma exposição do fotógrafo Sebastião Salgado.