| 10/07/2008 05h32min
O mais importante é sempre o resultado. Com os três pontos conquistados ontem no Beira-Rio, o Inter dá um novo salto na tabela e entra no grupo dos 10 melhores. Mas o futebol modesto apresentado pelo time de Tite não dá segurança para os jogos fora de casa, a começar pelo confronto do próximo domingo contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, em Curitiba.
Falta bastante para o Inter recuperar a consistência tática. Qualquer mudança que o técnico faz, como aconteceu ontem, já é suficiente para o time se desequilibrar. Quando os jogadores de melhor técnica são bem marcados, casos de Alex, do jovem Taison e de Nilmar, o potencial de ataque fica muito reduzido.
A Fifa
A Fifa anuncia para hoje um pronunciamento de seu presidente Joseph Blatter sobre a liberação de jogadores para as seleções nacionais que disputarão os Jogos Olímpicos. Estava mesmo na hora. Por mais que a entidade deseje fragilizar o futebol da Olimpíada, para evitar a
concorrência com a Copa do Mundo, só ela tem poder
para disciplinar os litígios que se avolumam a cada competição internacional, com desgaste para todas as partes.
As entidades nacionais, como a CBF, costumam lançar nas costas dos atletas uma responsabilidade que não é deles. Valem-se da natural vontade do jogador de vestir a camisa da seleção para induzi-lo a pressionar o clube pela liberação. Trata-se de um constrangimento para o atleta, que muitas vezes precisa quase se indispor com o clube que paga o seu salário.
Agora mesmo, a CBF convocou Ronaldinho Gaúcho e já no dia seguinte o Barcelona avisou que não pretende liberá-lo. O Milan já havia dito o mesmo em relação a Kaká, que não foi chamado por Dunga. Também Diego (Werder Bremen) e Rafinha (Schalke) estão encontrando dificuldades com seus clubes para cumprir o chamado da seleção.
Como outros jogadores estrangeiros também estão em situação semelhante com seus clubes, impõe-se a manifestação da Fifa. Em princípio, Joseph Blatter deve ser favorável
à liberação. Resta saber se ele
usará o poder de coerção da entidade para obrigar os clubes a ceder seus atletas - possivelmente mediante alguma compensação financeira por parte das confederações.
Razão
Tem procedência a resistência dos clubes europeus em liberar seus jogadores, pois eles estão começando suas temporadas e precisam contar com todos os integrantes do grupo. Se resistirem e a Fifa mantiver a neutralidade, só restará a Dunga convocar jogadores que atuam no Brasil para preencher as vagas reservadas aos três com mais de 23 anos.
Os clubes brasileiros, mesmo estando em meio a uma competição, não vão resistir porque são vendedores e a convocação de um jogador sempre representa uma valorização de seu passe.
Empate
O Grêmio conseguiu ótimo resultado na Vila Belmiro, especialmente porque escapou várias vezes de levar mais um gol do Santos. Além das defesas de Victor, contou com a má pontaria dos
atacantes santistas, que erraram gols incríveis.