| 07/07/2008 08h50min
O grupo formado pelos sete países mais desenvolvidos do mundo e pela Rússia (G8), que se reúne, nesta segunda-feira, no Japão, deve fazer menos promessas e tomar mais atitudes contra o atual ciclo de alta nos preços dos alimentos. Foi o pedido feito pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e pelo presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.
Os dois falaram especialmente sobre a situação da África, principal tema deste primeiro dia de debates da Cúpula do G8, em Hokkaido, região norte do território japonês. Robert Zoellick creditou a situação, em parte, ao etanol feito de milho. Os Estados Unidos são o principal produtor.
Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, avaliou que o mundo enfrenta três crises conectadas entre si: a mudança climática, as emergências para o desenvolvimento e as tensões no mercado de alimentos. Ele pediu que o G8 não volta atrás nas promessas feitas em reuniões anteriores e advertiu que, para o desenvolvimento da África, seriam necessários pelo menos US$ 62 bilhões.
Protestos
O primeiro dia da Cúpula do G8 também teve protestos. Cerca de 150 ativistas se manifestaram de forma pacífica contra a reunião, criticando as desigualdades econômicas e o uso da energia nuclear. As forças de segurança japonesas mobilizaram cera de 20 mil homens para garantir a tranqüilidade do encontro dos dirigentes dos países mais desenvolvidos do mundo.
Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da Cúpula do G8 como convidado. Ele deve reforçar a defesa do país ao uso dos biocombustíveis, como o etanol a partir da cana-de-açúcar e o biodiesel, e criticar o alto nível de especulação no mercado de commodities que, segundo ele, têm influência sobre a alta dos alimentos.