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 | 04/07/2008 04h25min

Soja tem o maior preço em 160 anos

Expectativa de reajuste de custos leva produtor gaúcho a reter grão

Patrícia Meira  |  patricia.meira@zerohora.com.br

Inflada pela especulação de fundos de investimento, a soja saltou mais uma vez ontem no mercado internacional e fechou em um novo recorde histórico.

Em seu maior preço nos 160 anos da Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, o bushel (27,21 quilos), fechou em US$ 16,58 para contratos com vencimento em julho. A maior cotação ocorrera em 3 de março, quando o bushel alcançou US$ 15,96.

Baixos estoques mundiais, explosão de preços do petróleo e, recentemente, a expectativa com a safra norte-americana a ser colhida a partir de setembro elevam a cotação das commodities. Ontem, a preocupação com possíveis alterações climáticas às vésperas do feriado de 4 de julho, quando a bolsa fecha, foi um componente a mais, explicam especialistas. O temor é que inundações nos EUA possam afetar a produção de milho e da soja.

Mesmo com a indicação de preços favoráveis, a venda da safra 2007/2008 no Rio Grande do Sul está em ritmo lento, com 35% das 7,6 milhões de toneladas por negociar. De acordo com Antônio Sartori, diretor da Brasoja, os produtores gaúchos estão cautelosos diante da expecativa de elevação do custo de produção da lavoura do próximo verão.

Sartori ressalta que não há uma influência direta ao produtor brasileiro, lembrando que o recorde foi em Chicago. Ainda assim, o preço de ontem no Interior - R$ 51 a saca, foi 82% superior aos R$ 28 do mesmo período do ano passado.

Para Farias Toigo, da Capital Corretora, o mercado ruma para U$ 18 pelo bushel. O relatório do Departamento de Agricultura dos EUA sobre oferta e demanda este mês pode alavancar o mercado ao dimensionar o impacto do clima no rendimento de áreas de soja e milho naquele país.

Por que Chicago dita os preços da soja no mercado

Chicago, a mais tradicional bolsa de mercados futuros agrícolas do mundo, concentra o maior volume de compra e venda de soja no mundo. Como as colheitas dos maiores produtores, EUA e do Brasil, ocorrem em épocas distintas, há diferenciais de preços. Assim, Chicago não necessariamente reflete os preços internos brasileiros.


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