| 01/07/2008 11h32min
A carne de jacaré mato-grossense criado em cativeiro pode ganhar o mundo. O único frigorífico da América Latina equipado para o abate do réptil, localizado em Cáceres (250 km a sudoeste de Cuiabá), já conta com o Selo de Inspeção Federal (SIF), expedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o que lhe garante a comercialização do produto tanto em território nacional como no mercado externo.
A solenidade de entrega do certificado será nesta terça-feira, dia 1º, na sede da Cooperativa dos Criadores de Jacarés do Pantanal (Coocrijapan), onde está localizado o frigorífico, que já conta com o Selo de Inspeção Sanitária Estadual (SISE). Na ocasião, além da visita ao criatório de animais, os participantes vão degustar um coquetel com pratos a base de carne de jacaré, como petiscos e patês.
Segundo a gestora do Projeto de Animais Silvestres do Sebrae/MT, Cynthia Justino, além de Mato Grosso, onde é comercializada em supermercados e consumida em pizzarias, restaurantes e hotéis, a carne de jacaré é bastante procurada principalmente em São Paulo e no Nordeste do Brasil. Cynthia acredita ainda que haverá demanda por parte de restaurantes do Rio de Janeiro e do Distrito Federal.
– Há também um grande interesse em exportá-la para o Sudeste Asiático – afirma.
O diretor financeiro da Coocrijapan, Gastão Sharp, destaca que além dos países asiáticos, que têm mais interesse por carnes exóticas, a cooperativa já tem feito contatos também com Alemanha e Estados Unidos da América. Segundo ele, há grande expectativa de aumento das atividades do frigorífico.
– O total de animais para abate hoje é de algo em torno de 70 mil, com operacionalidade atual do frigorífico para 300 animais/dia. Nosso objetivo próximo é atingir a meta de 500 animais/dia – diz Gastão.
Segundo ele, o objetivo do frigorífico é dar o suporte necessário a todos os criatórios para o desenvolvimento legal da atividade.
– Estamos aptos a atender todos que quiserem ingressar nesta atividade, autorizados pelos órgãos competentes, e que se sentiam cerceados por não terem onde abater seus animais – completa.
AGÊNCIA SEBRAE