| 24/06/2008 15h25min
O Serviço Florestal Brasileiro, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, anunciou nesta terça, dia 24, que o Sistema Nacional de Parcelas Permanentes e as Redes de Dinâmica de Florestas Brasileiras passam a ser instituições oficiais. O maior benefício desta ação é a possibilidade de obter financiamentos do próprio Ministério e de investidores.
O anuncio foi feita durante o primeiro Seminário Nacional sobre Dinâmica de Florestas, que ocorre na cidade de Curitiba, no Paraná. O evento é organizado pela Embrapa Florestas e discute a contribuição dos programas que acompanham o desenvolvimento das florestas do Brasil, tanto para a preservação do meio ambiente como para a utilização comercial sem degradação.
O Sistema Nacional de Parcelas Permanentes é um programa que monitora o crescimento das florestas do Brasil. São selecionados pontos com um hectare, onde é feita a medição periódica das árvores e registrada a morte e nascimento de espécies. A coordenadora do Seminário, Yeda Maria Malheiros de Oliveira, explica que este trabalho pode tanto reduzir a exploração irracional das florestas, como ajudar no acompanhamento da absorção de carbono pelas árvores, o que contribui para toda a questão ambiental em discussão.
Para Paulo Contente de Barros, da Rede Regional Amazônia, este acompanhamento pode fornecer informações que levem a um controle maior contra o desmatamento. A mesma opinião tem Carlos Roberto Sanquetta, da Rede Regional Mata Atlântica, que acredita que o monitoramento pode ajudar a conscientizar os produtores a utilizar melhor as áreas.
O Brasil tem mais de um milhão de quilômetros quadrados de Mata Atlântica. Este tipo de floresta cobre 17 Estados, mas só 8% da área mantém suas características originais. O restante foi degradado pelo homem.
CANAL RURAL