| 24/06/2008 10h42min
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira que o aumento de 0,5% da meta de superávit primário deste ano significa uma economia maior de R$ 14,243 bilhões. Ele explicou que, para este reforço fiscal, o governo pretende fazer um corte de despesas em todas as áreas em torno de R$ 10 bilhões e aumentar as receitas, exigindo que as empresas estatais elevem os repasses dos dividendos da União.
— Nós, nos últimos anos, adotamos a postura de não receber todos os dividendos para que as empresas tivessem recursos para investir, mas vamos reduzir essa flexibilidade — disse Bernardo, explicando que os dividendos devem engordar os cofres da União em cerca de R$ 4 bilhões. Os números finais serão acertados em reunião hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva às 17h.
O ministro disse que não há previsão de outros aumentos de receita. Bernardo explicou ainda que o contingenciamento de recursos pode ser um pouco maior, porque o governo está sendo
pressionado para atender
outras demandas. Ele disse que o presidente Lula já sinalizou que gostaria de acomodar no Orçamento um reajuste para o programa Bolsa Família.