O dólar à vista abriu em baixa de 0,06% nesta terça-feira, cotado a R$ 1,612 na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Instantes após a abertura, às 9h14min (de Brasília), a moeda norte-americana reduzia parte da baixa e cedia 0,03% a R$ 1,6125, na taxa máxima do dia até o momento. Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,44% a R$ 1,613 na BM&F.

Hoje, os temores em relação à economia global continuam os mesmos e as expectativas para a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sobre o juro básico norte-americano também não mudaram: a maioria dos especialistas apostam na estabilidade dos juros em 2% ao ano.

Mas, depois de sustentar uma alta do dólar ante o real ontem, pelo segundo dia consecutivo, o dólar tende a oscilar entre os terrenos positivo e negativo, com ligeiras variações, acompanhando o movimento da moeda norte-americana no exterior. Para o restante do dia, o fluxo de recursos e os indicadores da economia dos EUA devem pesar, mas a perspectiva é de oscilações pequenas ante a agenda carregada de hoje e dos próximos dias.

Analistas acreditam que as cotações do dólar ante o real estão em processo de correção técnica para cima e podem chegar a R$ 1,625, antes que voltem as quedas. A expectativa pela próxima decisão de política monetária nos EUA seria um bom combustível para tal ajuste.

A projeção de déficit externo maior do Brasil em 2008, de US$ 21 bilhões, também pode ser uma boa desculpa para esse comportamento. E ainda tem a apreensão em relação à divulgação do Relatório de Trimestral de Inflação, amanhã, pelo Banco Central.