| 20/06/2008 05h35min
Enquanto a direção corre atrás de reforços, entre eles mais um atacante, um velho conhecido da torcida espera se firmar como o novo camisa 9 do Inter. Depois de estrear sob o comando de Tite no sábado fazendo gol na vitória sobre o Botafogo, Adriano admite não ser um centroavante de área. Porém, não se incomoda com a responsabilidade de carregar nas costas o número de Fernandão, um dos maiores ídolos da história do Inter.
Vindo por empréstimo no meio de 2006 e contratado no final daquele ano junto ao Galo Adap, do Paraná, Adriano nunca teve uma longa seqüência como titular. Com as saídas de Iarley e Fernandão, Tite resolveu apostar no jogador de 26 anos. Chamou-o para conversar em particular, explicou que estava acompanhando seu trabalho de Adriano e lhe deu a chance. Para o fim de semana, contra o Vitória, domingo, às 16h, ele será o companheiro de Nilmar na frente. Sem preocupar-se com novos concorrentes que possam ser anunciados.
— Independentemente de quem
vier, estarei sempre
preparado, fazendo o meu melhor — garantiu.
Além da oportunidade, outra coincidência serve como superstição para comprovar o bom momento. Desde quando era um atleta da base, Adriano atuou com o número 9. Gostava, trazia sorte, até porque se inspirava no futebol de grandes centroavantes, como Ronaldo. Coincidência ou não, foi com o nove às costas que ele marcou o segundo gol do Inter no último sábado.
O fato de ser a camisa característica do capitão Fernandão não é considerado uma pressão por Adriano. Ele diz que inclusive se inspira porque Fernandão e Iarley sempre deram muito apoio durante a adaptação à Capital e ao novo clube. Para o futuro, espera conquistar uma parte do sucesso da já antiga dupla de ataque.
— Se eu fazer pelo menos a metade do que ele (Fernandão) fez aqui, estarei muito satisfeito — sentenciou.