O mercado aquecido do boi gordo deverá ser o principal estímulo para os negócios durante a Feicorte, que abriu as portas nesta terça-feira, dia 17, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. O diretor da feira, Décio Ribeiro dos Santos, espera que esta 14ª edição seja a melhor da história.

A tendência de alta nas cotações alimenta as expectativas do empresariado do setor. A baixa oferta de gado para abate elevou os preços no mercado físico. Nas principais praças, o valor da arroba variou entre R$ 76 e R$ 96 na última segunda-feira. O mercado futuro reflete este cenário. Os contratos para outubro têm apresentado maior liquidez e, na semana passada, a arroba chegou a ultrapassar a marca dos R$ 100.

- O foco é no negócio, nosso público visitante é só do setor. A expectativa é muito grande e não é algo momentâneo – diz Décio Ribeiro dos Santos.

Considerado o maior evento indoor do setor pecuário na América Latina, a Feicorte deste ano reúne 350 expositores e espera cerca de 30 mil visitantes até o sábado, dia 21. Estão confirmados 17 leilões das mais diversas raças, com a expectativa de superar o faturamento dos remates do ano passado, que foi de R$ 10 milhões.

Além disso, o Segundo Congresso Internacional da Feicorte, que começa nesta quarta-feira, dia 18, vai discutir como aproveitar a retomada do setor para repensar o negócio. Décio Ribeiro dos Santos avalia que a discussão será um dos diferenciais deste ano. Com o tema “A cadeia da carne vista pelos seus líderes”, o encontro discutirá a comercialização com especialistas em cada elo da cadeia produtiva.

O diretor da Feicorte entende que há uma necessidade de ampliar o conhecimento do setor neste aspecto, como foi feito em temas como a sanidade.

- Fugimos um pouco daquela parte de sanidade, focado no setor científico e corremos para a parte comercial. Falta no Brasil. Já se aprimorou muito, mas ainda há muito a ser realizado no setor da pecuária de corte.