| 10/06/2008 12h11min
Programas de qualidade e de educação para o consumo. É a estratégia da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) para aumentar ainda mais o consumo da bebida. A expectativa é que 18,1 milhões de sacas sejam consumidos neste ano.
Segundo a Abic, o consumo de café no Brasil está em 17 milhões de sacas e mantém uma trajetória acentuada de crescimento. O volume é 4,74% maior que o registrado na pesquisa anterior.
Em entrevista ao Agribusiness Online, nesta terça-feira, dia 10, o diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz, acrescentou que não houve apenas um aumento no consumo, mas também uma melhora na qualidade do café consumido no país.
- Inclusive dando margem à produção de café tipo gourmet, de alta qualidade, principalmente a partir do ano 2000. O consumidor brasileiro consegue degustar cafés iguais aos melhores do mundo
Herszkowicz acrescentou que essa maior atenção do setor aos cafés de alta qualidade estimulou o aumento do número de casas de café nas grandes capitais e em cidades do interior do país. O bom momento do mercado interno, segundo o diretor-executivo da Abic, tem estimulado também a maior presença estrangeira.
- A expectativa é que o mercado continue avançando no consumo de café fora do lar, crescendo também a inovação, principalmente, no consumo de café em doses individuais – declarou Herszkowicz, acrescentando que esses novos hábitos servirão de estímulo para o surgimento de produtos diferenciados.
Renda x custos
De acordo com Nathan Herszcowicz, o setor vive uma situação de equilíbrio entre custos de produção, a renda mínima necessária e os preços do e faturamento. Ele explicou que o preço da saca de café está acima da média histórica para a época. O diretor-executivo da Abic ressaltou, por outro lado, que as cotações são em dólares e, na conversão dos valores em real, o cálculo consolida o cenário de estabilidade.
- O café, ao contrário de outras commodities, não aproveitou a valorização em real com a subida dos preços das commodities no mundo todo.
Herszkowicz disse esperar que o ajustamento entre oferta e demanda mundial mantenha os preços na trajetória de alta. Acrescentou que a safra prevista para este ano – segundo ele, a segunda melhor das últimas décadas, perdendo apenas para a de 2002 – poderá ser rentável para os produtores.
- Mesmo que os preços não sejam tão bons quanto os produtores esperavam, colher e vender mais produto melhora o total da renda.
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