| 09/06/2008 12h47min
O Banco Central sinalizou que a inflação pode ser menor no Brasil no ano que vem. De acordo com o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, dia 9, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2009 em 4,60%. Para este ano, a previsão para o índice de preços subiu de 5,48% para 5,55%. Ainda de acordo com o boletim, a taxa básica de juros da economia (Selic) deve fechar este ano em 13,75% e 2009 em 12,5%.
- O choque de preços agrícolas deve tender, em um primeiro momento, a uma relativa estabilização de preços de alimentos podendo, inclusive, depois de algumas safras, chegar a algum recuo no nível de preços – avaliou o professor da USP Heron do Carmo, em entrevista ao Agribusiness Online, nesta segunda, dia 9.
Heron do Carmo reforçou a tese de que há indicações de um cenário mais positivo no longo prazo. Mas, segundo o economista da USP, a situação atual ainda é complicada. As cotações recordes do petróleo e a desvalorização do dólar em comparação com o real também influem na escalada atual de preços de alimentos. A principal preocupação, de acordo com ele, é com a carne bovina, pelo ciclo de produção mais longo.
- Neste ano, há uma perspectiva de preços mais elevados no segundo semestre. Como as proteínas correspondem a aproximadamente 20% a 25% das despesas com alimentação, terá um impacto significativo sobre os índices de preços ao consumidor.
Os preços do arroz devem diminuir o ritmo de alta com a expectativa de safra maior. O mesmo deve ocorrer com o feijão, especialmente no final do ano, já que são plantadas diversas safras durante uma temporada. O controle dos preços do trigo depende, principalmente, de como serão solucionados problemas entre governo e produtores rurais da Argentina, de quem o Brasil é dependente.
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