| 06/06/2008 16h36min
Prática que melhora a qualidade do solo e contribui na preservação do meio ambiente, o plantio direto ganha adeptos a cada safra, principalmente na região central do Brasil. Em Mato Grosso do Sul, mais da metade da área destinada à agricultura é semeada com esta técnica. Do fim da década de 80, quando a prática começou a ser adotada no Estado, até hoje mais de um milhão de hectares são cultivados dessa maneira.
Se for usado da maneira correta, o sistema ainda pode ajudar a reduzir os custos da produção em até 20%. De acordo com o pesquisador da Fundação MS Dirceu Luiz Broch, um dos cuidados que o agricultor deve ter é a rotação correta de culturas.
Além de aumentar as chances de bom rendimento da lavoura, a técnica traz benefícios ambientais. No plantio direto o solo não precisa ser revolvido como no plantio convencional. Com isso, o uso de tratores e o gasto com óleo diesel é menor. Outra vantagem é o menor risco de assoreamento, erosão e alagamentos.
Como funciona
No plantio direto, o cultivo das sementes é feito sobre a resteva das lavouras de soja ou milho que já foram colhidas. Também pode ser feito sobre palhada seca, como uma pastagem de brachiaria, por exemplo. Com mais matéria orgânica sobre a área, o solo fica enriquecido em nutrientes, o que aumenta as chances de boa produtividade e permite ao produtor gastar menos com adubação.
CANAL RURAL
No plantio direto, cultivo de sementes é feito em restevas ou pastagens
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Divulgação, Instituto Agronômico/SP