| 06/06/2008 12h42min
Representantes de movimentos sociais, de organizações não-governamentais e de entidades públicas lançam nesta sexta-feira, dia 6, no Rio de Janeiro, o Movimento PET Consciente, a fim de alertar para os riscos do uso indiscriminado desse material em embalagens industriais e de sua liberação no meio ambiente.
Segundo o biólogo Marcelo Novaes, um dos organizadores do movimento, o objetivo é conscientizar a população sobre os riscos ao meio ambiente causados pelo consumo desenfreado de produtos com embalagens do tipo PET.
– O objetivo deste movimento é conscientizar as pessoas sobre os nossos hábitos do dia-a-dia em relação ao consumo de bebidas em garrafa PET. Apesar de haver reciclagem, ainda há uma grande quantidade que é jogada diretamente no meio ambiente – disse.
De acordo com o biólogo, apesar de 53% do material ser reciclado, houve um aumento significativo de produção industrial utilizando as embalagens do tipo PET.
Novaes destacou que o Brasil produziu, em 2007, 432 mil toneladas de lixo de garrafas do tipo PET, e liberou no meio ambiente pelo menos 200 mil toneladas. Em relação ao ano anterior, foram produzidas pelo menos 25 mil toneladas a mais.
A engenheira Adriana Filipetto, diretora do Aterro Sanitário de Nova Iguaçu, também pretende contribuir com o movimento para compartilhar a experiência de tratamento de resíduos para a geração de energia limpa. Ela defende que o lixo deve ser pensado de forma integrada.
– No aterro de Nova Iguaçu a gente deixa de emitir o gás oriundo da decomposição do lixo para transformá-lo em energia limpa. O objetivo é tentar pensar a solução para o problema do lixo e o saneamento ambiental de forma integrada. Normalmente se discutem soluções isoladas e a questão do PET é um dos principais problemas – afirmou Novaes.
O aterro bioenergético de Nova Iguaçu foi o primeiro projeto reconhecido pelo Protocolo de Quioto, em 2004, por transformar o gás em energia limpa e
contribuir para o desenvolvimento
sustentável da região.