| 05/06/2008 15h19min
Apesar do aumento da taxa básica de juros da economia, a Selic (12,25%, de acordo com a última decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central), e da classificação da economia brasileira como Grau de Investimento (pelas agências Standard and Poor´s e Fitch), o dólar deve diminuir o ritmo de desvalorização em relação ao real. Foi o que avaliou o economista Alcides Leite, em entrevista ao Mercado e Companhia, nesta quinta-feira, dia 5.
Ele disse que os juros altos e a certificação de maior segurança para investimentos no Brasil podem aumentar o fluxo de capital estrangeiro na economia do país. Por outro lado, afirmou que há também remessas de moeda para o exterior, em função da realização de lucros, dividendos ou pagamentos de royalties. Essa via de mão dupla deve sustentar as cotações.
- Não há perspectiva, no curto prazo, de queda nem de aumento muito grande – garantiu, prevenindo que podem ocorrer pequenas variações.
Alcides Leite disse ainda acreditar que o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumentará a taxa Selic pelo menos mais uma vez neste ano para conter a pressão inflacionária. De acordo com o economista, a partir de agosto ou setembro, a inflação deve diminuir o ritmo e fechar 2008 em 5% ou 5,5%. Com o recuo do índice de preços, o governo poderá voltar a diminuir os juros já no primeiro semestre do ano que vem.
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