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 | 02/06/2008 03h40min

Martini sabia de pressão de Ferst, diz Vaz Netto à PF

Ex-presidente do Detran afirmou que movimentação de lobista para recuperar espaço era de conhecimento do secretário

Adriana Irion  |  adriana.irion@zerohora.com.br

Ao prestar um segundo depoimento à Polícia Federal (PF) depois de ser preso em novembro, o ex-diretor-presidente do Detran Flavio Vaz Netto confirmou ter sido informado no ano passado de que Delson Martini, então presidente da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e hoje secretário-geral de Governo, poderia resolver o impasse causado por exigências do lobista Lair Ferst.

Dirigente estadual do PSDB, Martini é um dos mais influentes integrantes do governo Yeda Crusius.

A informação foi dada a Vaz Netto por Antônio Dorneu Maciel, que à época era diretor administrativo da CEEE. O diálogo entre Vaz Netto e Maciel foi interceptado pela PF no dia 23 de agosto do ano passado.

A pressão de Ferst era conseqüência, conforme a investigação da PF, do desejo de voltar a participar do contrato entre o Detran e fundações de apoio. As empresas de familiares do lobista - Rio del Sur e Newmark Tecnologia - haviam sido excluídas do contrato em meados de maio. A investigação provou que Ferst é o dono e verdadeiro administrador das empresas, que pagam despesas pessoais dele e figuram como proprietárias de imóveis dos quais desfruta.

Depois de ser preso na Operação Rodin, no dia 6 de novembro, Vaz Netto prestou o primeiro depoimento. No dia seguinte, falou novamente a um delegado da PF e a dois procuradores da República. Durante o segundo depoimento, foi apresentada ao então diretor-presidente do Detran a gravação de um dos diálogos gravados durante a investigação.

Na conversa, ocorrida em 23 de agosto, Vaz Netto trocava idéias com um homem não-identificado pela PF. Ao delegado e aos procuradores, ele afirmou tratar-se de Maciel. Um dos assuntos tratados era uma pendência que estava a cargo de Maciel. No diálogo, o interlocutor de Vaz Netto afirma que "resolveria ou mandaria o DECIO resolver, que se HNI (homem não-identificado) não conseguisse sozinho, DECIO??? faria".

Ao explicar o assunto às autoridades, Vaz Netto disse que as pressões de Ferst, por meio do secretário de Governo de Canoas, Francisco Fraga, seriam resolvidas por Martini "pelo fato de que é notória a dimensão do poder que DELSON MARTINI desfruta junto ao governo do Estado; QUE reitera que DELSON MARTINI tinha ciência das questões em tela (gestões de LAIR)".

Outro tema referido na conversa é o suposto interesse do ex-secretário da Justiça e da Segurança José Otávio Germano em saber como estavam sendo produzidas as respostas solicitadas por órgãos que estavam investigando o contrato do Detran.

Deputados da CPI do Detran têm convicção de que Martini conhecia detalhes do que ocorria no contrato fraudado. O requerimento de convocação do secretário será novamente apresentado para votação pelo deputado Elvino Bohn Gass (PT).


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