Kátia Baggio  |  reportagem@canalrural.com.br

O Paraná começou sua colheita de café, mas as estimativas indicam uma safra de menos de três milhões de sacas. Nos aos 60, o Paraná chegou a colher 20 milhões de sacas de café. Depois, ele perdeu qualidade, produtividade e, finalmente, com as fortes geadas, teve a área reduzida. Atualmente, o Estado está recuperando o status de produtor de café qualificado e os cafeicultores voltaram a investir na atividade.

Para Francisco Barbosa Lima, do Ministério da Agricultura no Paraná, o Estado tem um programa para implantar mais de 40 milhões de pés e os produtores estão orientados sobre as melhores áreas para plantar, o que ajuda na qualidade do produto. Para ele, a colheita deste ano é uma das melhores dos últimos anos.

Segundo os especialistas, o café tem um ciclo bienal de colheita. Se uma é boa, a outra cai e 2008 é o ano de boa colheita para o café. O Estado está em segundo lugar em produtividade no ranking nacional, perdendo apenas para São Paulo, onde os produtores estão colhendo 30 sacas, em média, por hectare. No PR, chega a 25 por hectare.

O Paraná deve colher 2,4 milhões sacas e o problema está na mão-de-obra cada vez mais escassa para a colheita, pois o salário dos diaristas representa de 25% a 30% do custo total da lavoura. O preço dos insumos também assusta o cafeicultor.

– A gente compra adubo antecipado para pagar com a safra e por isso vou pagar menos do eu se eu comprasse hoje, mas ainda assim é caro. A gente continua por amor ao café – relata Roberval Aparecido da Silva.

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