| 26/05/2008 09h57min
A duas semanas do fim da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) desistiu de propor no relatório final a aprovação de um projeto para tornar obrigatório o uso do cartão de crédito corporativo para o uso da verba indenizatória de R$ 15 mil mensais garantida para cada um dos 513 deputados e 81 senadores.
— Se eu puser isso no meu relatório, ele não é aprovado — justificou o petista, que pretende ler o relatório final da CPI na próxima quinta-feira.
Além de recuar no uso do cartão, Luiz Sérgio também voltou atrás e não vai mais propor a proibição de saques com cartão corporativo em Brasília.
— Pretendia proibir os saques em Brasília, mas, quando fui aos ministérios, me explicaram que existem pequenas despesas que precisam ser pagas em dinheiro, como colocar correspondência no correio — alegou o deputado.
Escalado pelo Palácio do Planalto para fazer um relatório "chapa-branca", o petista
deverá abordar superficialmente o episódio da
confecção do dossiê com gastos feitos durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ele pretende reforçar a tese de que os gastos não são sigilosos e, por isso, não houve crime no vazamento das informações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.