| 20/05/2008 21h10min
Os dois países avançaram nas negociações para abrir o mercado de carnes frescas. Enquanto o Brasil busca ampliar o mercado, tanto um quanto o outro buscam na abertura comercial o reconhecimento de que a carne produzida seja de qualidade.
Em dois dias, a relação comercial entre os dois maiores exportadores agrícolas do mundo caminhou no sentido da ampliação das negociações bilaterais. Ao mesmo tempo que ambos concordam que a crise de alimentos é uma oportunidade para multiplicar a produção e conquistar novos mercados, pois tanto Brasil quanto Estados Unidos querem aumentar o comércio entre si.
Para o diretor do Serviço Exterior de Agricultura, Michael Yost, é preciso aprofundar a relação comercial naqueles produtos de interesse, como a das carnes frescas. O Brasil só exporta carne processada para os Estados Unidos atualmente.
Na reunião, o Brasil pediu agilidade na análise de risco da carne bovina e se comprometeu a avaliar o pedido de reconhecimento de que o rebanho americano tem o risco controlado do mau da vana louca. O primeiro passo dado pelos EUA é a visita a Santa Catarina no próximo mês.
O Estado é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Os técnicos irão avaliar as condições de produção de carne bovina e suína in natura. O Brasil ficou de enviar informações e documento sobre a produção de carne de frango.
– Na prática, a gente sabe que os EUA são muito mais importadores que exportadores de alguns desses produtos e que os preços que eles praticam não seriam competitivos aqui no mercado brasileiro. Portanto, embora seja uma proposta de abertura bilateral, acreditamos que o Brasil teria muito mais a ganhar do que eles – afirma Célio Porto, secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura.
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