| 20/05/2008 19h36min
Produtores rurais criticaram nesta terça-feira, dia 20, as declarações do novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, sobre a criação de uma Guarda Ambiental para fiscalizar as áreas de preservação da Amazônia. O setor privado teme que Minc dificulte a aprovação do projeto que prevê reflorestamento sustentável em áreas de reserva legal.
Após encontro com presidente Lula nesta segunda, Minc defendeu a criação de uma Guarda Ambiental para fiscalizar as unidades de conservação na Amazônia. Mas a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) discorda do ministro.
Os produtores ainda não sabem se o novo ministro vai manter a política ambiental de Marina Silva. Eles esperam que, a exemplo do que fez à frente da Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro, Minc seja mais aberto ao diálogo e não dificulte a aprovação de projetos que tramitam no Congresso, como o que prevê o reflorestamento de 30% das áreas de reserva legal da Amazônia, com espécies que possam ser exploradas economicamente.
O projeto de lei tramita na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados desde 2006. Nesta terça-feira, o relator – deputado do Democratas da Bahia, Jorge Kuri – se reuniu com representantes da CNA para ouvir a opinião dos produtores. Segundo o parlamentar, ao contrário do que dizem os ambientalistas, a proposta não vai reduzir a área de preservação.
O relator do projeto pretende apresentar o parecer para votação na primeira quinzena de junho. Se passar pela comissão, a matéria segue para o plenário da Câmara. Aprovada pelos deputados, vai ser submetida a análise do Senado.
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