| 19/05/2008 15h14min
O mercado de terras segue em alta no Brasil, com grande participação de investidores estrangeiros e fundos de investimento no mercado financeiro. É o que mostra o relatório bimestral da consultoria AgraFNP referente aos meses de março e abril deste ano. O preço médio por hectare no país saltou para R$ 4,135 mil – 16,3% quando comparado ao valor praticado há 12 meses e 35,2% maior quando o período de comparação é ampliado para 36 meses.
Segundo os responsáveis pela pesquisa, a elevação do Brasil ao chamado Grau de Investimento pela agência de classificação de risco Standard and Poor’s, a valorização dos grãos e a polêmica envolvendo a produção de biocombustíveis e o cultivo de alimentos são os fatores que sustentam o mercado.
A produção de grãos se manteve como principal finalidade da busca por terras no Brasil. Nas fronteiras agrícolas, é grande a procura para a produção de biocombustíveis. Ainda de acordo com a AgraFNP, em São Paulo, houve redução na demanda por terras. Nos Estados de Mato Grosso e do Paraná o mercado foi movimentado pelos investimentos em novas unidades produtivas para a agroindústria de frango e leite.
Na média do bimestre, o Centro-Oeste teve a maior valorização: 40,1% na comparação com 36 meses atrás. No Nordeste a alta foi de 39,3%. As regiões Sudeste e Norte tiveram valorizações médias de 35,4% e 35,2%. Mas no Norte está o local de maior elevação de preços no período março-abril: a área de mata em Macapá, no Amapá, onde o preço subiu de 818%. A região Sul apresentou 29,7% de valorização e já ultrapassa os preços médios da região Sudeste.
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