Kátia Baggio  |  reportagem@canalrural.com.br

A raça Mangalarga é resultado do cruzamento de animais europeus com nacionais, que surgiu ainda na época do Brasil Império. Sua principal qualidade é a marcha trotada – uma exclusividade – mas a resistência também é destaque, atraindo criadores da Europa e dos Estados Unidos.

A Expoingá é considerada uma exposição de fomento da raça e, por isso, os pontos aqui valem mais para o ranking nacional. Também é por essa razão que os cavalos são preparados de forma que entrem impecáveis na pista de julgamento.

A marcha trotada é exclusiva do Mangalarga, com as patas da frente e as de trás trocando o passo ao mesmo tempo, o que evita o chamado tempo de suspensão. Isso quer dizer que a troca de apoio entre as pernas é tão rápida e suave que o cavaleiro nem levanta da sela.

A raça admite todas as pelagens. A cor é secundária em um animal que é resistente para cavalgadas e de temperamento dócil, resultado do cruzamento do Europeu Alter, que veio de Portugal junto com a comitiva real de Dom João VI, com fêmeas autóctones, ou seja, nascidas no Brasil.

Não se sabe direito a origem do nome Mangalarga, mas a versão mais aceita entre os criadores conta que a nova raça passou a ser muito vendida por uma grande fazenda, chamada Mangalarga, que ficava em Petrópolis, no Rio de Janeiro, capital do Império na época.

Pela fama da propriedade em vender os melhores exemplares, as pessoas começaram a dizer que tinham comprado um cavalo da Mangalarga, como forma de valorizar o animal. Assim, o nome da fazenda acabou batizando a raça.

O Mangalarga é exportado para a Europa e Estados Unidos e um reprodutor chega a valer R$ 600 mil. Na Expoingá, cem animais, vindos de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, estão em julgamento.

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