| 17/05/2008 08h10min
O governo federal realizará na próxima quarta-feira, dia 21, a partir das 21h, o próximo pregão de arroz para tentar garantir o abastecimento do mercado interno e conter os preços do produto. Serão ofertadas 80,3 mil toneladas, das quais cerca de 70 mil estão depositadas no Rio Grande do Sul e 10 mil, em Santa Catarina. Ainda será levada a leilão uma pequena quantidade do cereal armazenado em Mato Grosso e Minas Gerais.
Se todos os lotes forem negociados, o governo terá vendido 13% dos estoques públicos do produto, estimados em 1,32 milhão de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O analista de mercado do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e Federarroz, Marco Tavares, informa que há uma grande procura de bolsas de mercadorias de outros estados pelo arroz gaúcho, estimulando a alta dos preços. Ele estima que cerca de 12% do produto negociado no último leilão foi adquirido por bolsas do Mato Grosso, Minas Gerais e Brasília.
Para o presidente do Irga, Maurício Fischer, mesmo com a oferta de uma quantidade razoável do produto, os preços estão se mantendo estáveis, com viés de alta, como era esperado pelo setor arrozeiro.
– Depois de três anos consecutivos com preços abaixo do custo de produção, a atual situação do mercado internacional permite que os produtores vislumbrem um cenário favorável para o cereal – afirma.
Valorização
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a saca de arroz está cotada a R$ 35,48 e, desde que os leilões iniciaram, no último dia 5, o produto teve uma valorização de 7%. Já no cenário mundial, os preços para exportação de países como Argentina, Uruguai e Tailândia romperam a barreira de U$$ 1 mil por tonelada (FOB).
IRGA