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 | 13/05/2008 11h01min

Inflação para famílias de baixa renda fica em 0,97% em abril

Pão francês registrou a maior alta nos preços

A inflação ficou mais alta em abril para as famílias de baixa renda. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira, dia 13, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) fechou o mês em 0,97%, depois do aumento de 0,66% em março. O índice mede a variação do custo de uma cesta de bens e serviços consumidos por famílias que ganham entre um e 2,5 salários mínimos mensais (de R$ 415 a R$ 1.037).

O IPC-C1, divulgado pela primeira vez em abril, acumula desde o início do ano alta de 3,19% e nos últimos 12 meses, de 6,84%. Já o IPC-BR, que mede a evolução de preços dos produtos mais consumidos pelas famílias brasileiras que ganham até 33 salários mínimos (R$ 13.695), acumula taxas de 2,16% no ano e de 4,95% nos 12 últimos meses.

Segundo o levantamento, o IPC-C1 de abril - que apresentou a segunda alta consecutiva e em 2008 só não superou o resultado de janeiro (1,37%) - foi puxado pelo aumento dos preços dos alimentos, que responderam por 79,38% do resultado geral do índice. A taxa do grupo passou de 1,35% em março para 1,94% em abril.

As principais pressões foram exercidas pelo pão francês (de 2,88% para 9,75%), carne moída (de 1,02% para 4,76%), arroz branco (de -0,16% para 1,01%), leite do tipo longa vida (de 3,02% para 4,21%), macarrão (de 0,75% para 2,45%) e mamão papaia (de -2,89% para 35,80%).

Por outro lado, alguns dos itens que em meses anteriores haviam contribuído para a alta dos alimentos vêm registrando quedas de preços. É o caso do feijão carioquinha (de -7,52% para -11,03%), açúcar refinado (de 0,36% para -1,82%), ovos de galinha (de 6,76% para -5,48%) e frango inteiro (de -1,29% para -1,95%).

Ainda de acordo com a FGV, também houve alta em vestuário (de -0,41% para 1,08%), influenciada pela chegada do outono, que contribuiu para a alta dos preços das roupas (-0,38% para 1,58%); saúde e cuidados pessoais (de 0,25% para 0,96%), cujo resultado foi puxado pelo reajuste dos preços dos medicamentos (de 0,15% para 1,95%); educação, leitura e recreação (de 0,30% para 0,43%); e despesas diversas (de 0,24% para 0,34%).

Já os preços de habitação recuaram na passagem de um mês para o outro (de 0,39% para 0,13%) e, segundo a FGV, esse movimento contribuiu para um aumento menor do IPC-C1 em abril. O principal destaque partiu do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 0,78% para -0,08%.

O grupo transportes também desacelerou, passando de 0,05% em março para a estabilidade em abril.

 

AGÊNCIA BRASIL

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