Após o anúncio da agência Standard & Poor's, que nesta quinta-feira concedeu ao Brasil o patamar de grau de investimento, a moeda americana apresentou o seu menor valor frente ao real desde o dia 10 de maio de 1999. O dólar comercial encerrou o pregão em R$ 1,65, em baixa de 0,78%, em no mercado à vista (negociado na BM&F), a queda foi de 2,25%, a R$ 1,648.

Na semana, o dólar à vista acumulou baixa de 1,05% e, o comercial negociado no mercado interbancário registrou recuo de 1,02%.

Nesta sexta-feira, segundo analistas, a moeda passou por um ajuste, já que os investidores ficaram um pouco retraídos, à espera de mais indícios de como o mercado vai se comportar daqui para a frente.

— Teve um pouco de ingresso de recursos, mas o pregão foi morno. O dia foi melhor do que o esperado por ser um pregão entre o feriado e o final de semana, mas abaixo de uma sexta-feira comum — comentou um operador. O giro em D+2 estava em US$ 1,4 bilhão e o total, em US$ 1,5 bilhão.

Ajudaram a manter a trajetória de queda da moeda os bons indicadores divulgados hoje nos EUA. O principal destaque é o relatório do mercado de trabalho. O payroll mostrou queda de 20 mil no número de vagas em abril foi muito menor do que os 85 mil - e os investidores gostaram.

Mas depois de ultrapassar com folga os 13 mil pontos, as bolsas lá engataram uma realização de lucros que, embora de curta duração, não permitiu que os índices retomassem o patamar de ganhos exibido mais cedo. O câmbio doméstico, no entanto, seguiu a mesma trilha o dia todo, baixa.

O BC fez leilão de compra de dólar no final da manhã e pagou taxa de corte de R$ 1,649 no leilão de compra de dólar em mercado. Segundo um operador, o BC aceitou três propostas entre quatro apresentadas, com taxas declaradas que iam de R$ 1,649 a R$ 1,6495. Na mínima desta manhã, o dólar foi cotado a R$ 1,646. Na máxima a R$ 1,658.