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 | 29/04/2008 15h29min

Serra anuncia programa de incentivo ao agronegócio

Plano envolve financiamento sem juros para compra de tratores por pequenos produtores

Raphael Salomão/Enviado Ribeirão Preto

Agricultura mais moderna e produtiva. É o que espera o governo de São Paulo com o lançamento do Plano de Incentivo ao Agronegócio Paulista. As medidas de incentivo foram anunciadas nesta terça-feira, dia 29, pelo governador do Estado, José Serra, durante a Agrishow, na cidade de Ribeirão Preto. Os recursos serão disponibilizados por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap) e terão como principal agente financeiro o Banco Nossa Caixa.


A principal medida é o financiamento de trator a juro zero para pequenos e médios produtores. A cota inicial será de seis mil máquinas. Conforme Serra, os recursos de cerca de R$ 65 milhões devem estar à disposição em um mês.

Serão oferecidos tratores de 55HP, 75HP e 90HP de potência, de marca a ser definida em um leilão reverso em que o fabricante vencedor será o que oferecer o menor preço. O prazo para pagamento será de cinco anos.

- Vamos dar um salto no avanço da produtividade. Nunca um Estado apoiou a compra de tratores para pequenos e médios agricultores como estamos fazendo - sublinhou Serra.

A segunda medida anunciada pelo governador é a facilidade de financiamento de equipamentos de informática. O processo será semelhante ao dos tratores: seleção de vendedores por meio de leilão reverso, vencendo que oferecer o menor preço. A diferença está nos juros, que serão de 3%, e no prazo de pagamento, de dois anos.

- Quero ver o produtor dentro do trator com um laptop no colo - brincou Serra.

O Plano de Incentivo ao Agronegócio Paulista envolve também a melhoria da estrutura das propriedades rurais. A Secretaria Estadual da Agricultura vai criar uma série de normas para a certificação das áreas produtivas. De acordo com as necessidades de cada projeto, poderão ser emprestados até R$ 100 mil a juros também de 3%.

Outra medida é a mudança na subvenção ao prêmio do seguro rural. Atualmente o produtor paga a cota e depois pede ressarcimento do valor subsidiado pelo Estado. A partir de agora, o cálculo será feito no ato da assinatura do contrato e o produtor pagará apenas o valor segurado, já com as deduções.

- Não tem mais burocracia para o produtor - sintetizou o gerente do Departamento Rural da Nossa Caixa, Gilberto Fioravanti.

Mais negócios

Como agente financeiro oficial do programa, o Departamento Rural da Nossa Caixa vislumbra um horizonte de bons negócios. Gilberto Fioravanti acredita que devem ser fechados cerca de 200 a 300 contratos de financiamentos por mês.

- O que o banco quer é ter a fidelidade do cliente e dar o melhor atendimento possível para que o programa seja implantado com sucesso - disse o executivo, segundo quem a estrutura atual de atendimento está capacitada para atender a essa nova demanda.   

CANAL RURAL

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