| 28/04/2008 20h01min
As certificadoras de todo país receberam as novas normas do Ministério da Agricultura e já podem voltar a fazer as vistorias nas fazendas de criação bovina, suspensas desde 18 de março. O governo brasileiro tenta, desta forma, atender às exigências do mercado europeu. O tema foi discutido nesta segunda-feira, dia 28, num seminário para jornalistas, promovido pelo MAPA, em Brasília.
O governo pretende ser mais rigoroso com as certificadoras de rastreabilidade. O check-list feito em cada fazenda será maior e mais detalhado e deve exigir muito mais trabalho, mas o ministério afirma que a única diferença é que, agora, tudo o que for observado durante a vistoria deverá ser registrado.
– O que mudou foi a forma de fiscalizar isso, quer dizer, os registros que antigamente se falava, a certificadora ia lá numa propriedade, fazia a vistoria e não detinha os registros do que ele fez, quantos animais, qual o número que ele verificou, então agora tudo vai estar descrito – afirma Naor Maia Luna, coordenador do Sisbov.
As 47 certificadoras vão ter que enviar toda semana um relatório sobre as fazendas aptas à exportação. Já as vistorias continuarão sendo realizadas a cada 180 dias.
Atualmente, o Brasil possui cerca de sete mil estabelecimentos rurais aprovados pelo Sisbov dentro dos Estados habilitados a exportar para a União Européia. A partir de agora, as certificadoras deverão concentrar os trabalhos de vistoria e auditoria nessas propriedades para conferir se elas estão seguindo as normas de rastreabilidade.
Segundo o governo, esta é a única forma de aumentar o número atual de apenas 95 fazendas aptas a exportar ao mercado europeu. Enquanto este trabalho não termina, nenhuma propriedade nova poderá ser incluída no sistema.
– Enquanto eles não tiverem a auditagem feita, eles não podem incluir novas propriedades. E isso é justo. Por que incluir novas propriedades se aquelas que estão sob sua responsabilidade não apresentarem conformidade? Então é pra dar prioridade para aquelas já inscritas antes de incluir novas – comenta Inácio Kroetz, secretário da Defesa Agropecuária.
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