| 18/04/2008 07h19min
Brasil e Gana atuarão em conjunto no desenvolvimento de bionenergia no país africano. O acordo que prevê a transferência de tecnologia brasileira para produção de etanol e biodiesel será firmado durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Gana, a partir desta sexta-feira, dia 19, até segunda-feira, dia 20.
De acordo com o embaixador de Gana no Brasil, Samuel Kofi Dadey, também serão firmados outros três acordos de cooperação nas áreas de combate e prevenção ao HIV/aids, biotecnologia da mandioca e plantação de florestas.
A energia é tema prioritário na agenda do governo ganense. Grande parte da energia utilizada vem do carvão vegetal e da madeira, o que está acabando com as florestas. Além disso, o petróleo é um dos principais itens da pauta de importações do país africano. Em dezembro de 2006, o presidente de Gana chegou a pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o Brasil ajude seu país a encontrar uma solução de longo prazo para a crise energética. A partir daí, segundo o embaixador africano, empresas brasileiras vêm analisando possibilidades de investimentos em Gana.
– Sem dúvida, eles precisam da nossa ajuda para resolver esse gargalo energético que tanto os penaliza, faltam megawatts neste país para que ele possa crescer mais e o Brasil tem proposto algumas soluções – conta o embaixador do Brasil em Gana, Luis Fernando Serra.
Entre os projetos em análise, segundo ele, estão a construção de hidrelétricas, de usinas de etanol e de depósitos de combustíveis.
A brasileira Constran, por exemplo, estuda a viabilidade de duas pequenas usinas hidrelétricas, de 90 megawatts cada. A mesma empresa participaria da construção da usina de etanol ede tanques de combustível – projetos privados, de acordo com o embaixador.
Também há perspectiva de construção de uma termelétrica com capacidade de 300 megawatts por um consórcio das empresas brasileiras Cobrapar e Thermes.
A finlandesa Wärtsilä, líder mundial na
fabricação de equipamentos para geração de energia termelétrica, forneceria os equipamentos. A Finlândia também financiaria parte dos equipamentos.
– O consórcio está aqui, começou as conversações com o lado ganense e vamos ver se se materializam – diz o embaixador.
AGÊNCIA BRASIL