| 16/04/2008 17h35min
O dólar recuou em relação ao real pela terceira sessão consecutiva e fechou nas mínimas do dia. O dólar comercial cedeu 1,13% e encerrou o dia com taxa de R$ 1,664, a menor desde 14 de maio de 1999 (quando terminou o dia a R$ 1,656. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista caiu 1,16%, para R$ 1,6635.
As cotações voltaram a perder força em meio à demanda dos investidores locais e estrangeiros por operações de arbitragem cambial diante da expectativa de elevação da Selic (taxa básica de juros) hoje, uma vez que se ampliará a diferença entre os juros do Brasil e do exterior e, com isso, as possibilidades de ganhos com essas operações.
A alta das bolsas de valores globais e o recuo da moeda americana ante o euro, também justificaram a queda do dólar no Brasil. Do mesmo modo, as informações do Livro Bege, sumário das condições econômicas dos Estados Unidos divulgado pelo Federal Reserve (BC do país) não adicionaram mal-estar às bolsas e o
dólar encontrou espaço
para acelerar as perdas durante à tarde. No fim da sessão à vista, o giro financeiro total era 42% superior ao da véspera, e somou cerca de US$ 2,960 bilhões.
Segundo um operador, com a queda do dólar ante outras moedas no exterior e o ambiente melhor nas bolsas, o dólar não teve forças para inverter a trajetória descendente em relação ao real. As bolsas européias, americanas e a brasileira ganharam fôlego de alta com os balanços de Intel, JPMorgan e Wells Fargo melhores do que o esperado e o índice de inflação ao consumidor americano em linha com as expectativas. A Intel previu resultado melhor no segundo trimestre e as instituições financeiras citadas anunciaram lucro acima do que se esperava.