Sonia Campos  |  reportagem@canalrural.com.br

Uma comitiva chefiada pelo governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, foi aos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura para contestar números referentes ao desmatamento divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Acompanhado por parlamentares e produtores, ele entregou aos ministros um documento de seis volumes com argumentos contrários aos dados apresentados pelo Inpe em janeiro deste ano.

A pesquisa, feita por meio de um satélite, revelou que o Estado foi o que mais desmatou a Amazônia em 2007. Dezenove municípios mato-grossenses constam na lista. A secretaria estadual de Meio Ambiente foi a campo para checar se as informações divulgadas pelo Inpe estavam corretas. Na audiência em Brasília, a comitiva informou que a secretaria estadual do Meio Ambiente foi a campo e encontrou uma situação diferente da publicada: somente em 10% da área mostrada pelo estudo teria ocorrido corte raso de vegetação.
 
– Nós estamos aqui [Brasília] para mostrar que os números estavam equivocados e que o Inpe precisa rever esses dados. Para nós, isso é muito importante em termos de credibilidade internacional – disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato), Rui Prado.

De acordo com a assessoria dos ministérios, o assunto será analisado e, em princípio, serão mantidos os números do Inpe. Maggi acredita que nas próximas pesquisas o órgão estadual responsável pelo meio ambiente será consultado.
 
– Ficou acertado que quando forem divulgados os números do Deter, esses dados vão ser checados em campo, para depois sair a publicação – afirmou o governador. 

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