| 09/04/2008 17h26min
Um programa do Ministério das Cidades, em parceria com o Bicycle Partnership Program (BPP), quer ampliar a discussão sobre a implantação de infra-estruturas cicloviárias nos municípios brasileiros e estimular o uso da bicicleta. Nesta quarta, a Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana (SeMob) promove um workshop do programa Bicicleta Brasil para debater os principais desafios para o desenvolvimento de iniciativas que incentivem o uso de bicicletas em cidades.
O Bicycle Partnership Program (BPP) é um programa de cooperação internacional, desenvolvido com recursos do Ministério das Relações Exteriores da Holanda, e que tem o apoio da Embaixada da Holanda no Brasil. O intuito do BPP é contribuir para o planejamento e desenho espacial sustentável de cidades da Ásia, África e América Latina proporcionando redução da pobreza e melhoria da qualidade do ar.
Segundo o coordenador do Bicicleta Brasil, João Alencar Oliveira Junior, na América Latina, o foco do BPP é o Brasil, por causa da existência do programa federal brasileiro desenvolvido pela SeMob e da União de Ciclistas do Brasil (UCB). Para Oliveira Junior, o Bicicleta Brasil irá melhorar as áreas de trânsito, saúde, meio ambiente, esporte e educação.
– O Bicicleta Brasil proporcionará à população da localidade que inserir a ciclovia uma excelente qualidade de vida, saúde e bem-estar – disse.
O coordenador esclareceu que o programa não irá construir ciclovias, mas incentivar a construção desses espaços.
Na opinião de Oliveira Junior, o Bicicleta Brasil vai gerar impacto da mobilidade, pois 85% da população brasileira não possui automóvel e em todas as grandes cidades os carros ocupam mais de 75% de todo o espaço viário disponível. Segundo ele, 6 bicicletas podem andar no mesmo espaço de um carro na rua, e 20 podem ser estacionadas em uma vaga para automóvel.
De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de bicicletas, perdendo apenas para China e Índia.
AGÊNCIA BRASIL